quarta-feira, 4 de junho de 2008

dia chuvoso

Hoje acordei com um frio que não é nada peculiar para quem mora em Recife, (cidade que respira sol, mar e muito, muito calor), e me deparei com a árvore que fica em frente ao meu quarto tão bonita, mas tão bonita, com umas gotas de chuva lindas que pareciam cristais. Fiquei na janela a olhar aquela beleza tão peculiar para minha visão (a minha janela).

Passei o dia ocupada trabalhando, sem curtir muito o fato de estar em casa, poderia ser descansando não é? mas não foi.

Sai tão apressada para a universidade e nem notei que tinha deixado a sombrinha na varanda... sorte minha!!!!!! não por ter levado uma senhora chuva e ficar com a roupa ensopada, mas por um certo homenzinho de voz engraçada ao me ver molhada esperando que aquele diluvio passasse, perguntou-me:

- você vai para onde?

Ora nao costumo responder a estranhos, mas aquele homem tinha um brilho tão bonito no olhar e era tão simpático e pleno de sinceridade que eu o repondi:

- vou atravessar a ponte.

Respondi juntamente com um sorriso e ali ficamos conversando, acredita que no meio da conversa ele me perguntou se eu queria uma carona? Este enfim foi o momento que me esqueci dos problemas. Estavamos tão distraidos a ponto da amiga dele, ter de chama-lo para finalmente ir embora.

Depois que aquele homem que falava engraçado que era deficiente e me abria aquele sorriso ao falar, foi embora, me senti uma idiota aliviada... eu sabia que eu era idiota e por saber disso me encontrei numa paz que não tem tamanho... nossa!!! devem me achar louca, quem em sã consciencia iria sentir paz ao descobrir que era idiota..

os depósitos que inventei para as pessoas erradas estão finalmente esvaziando, e estou muito feliz por isso...

Com tudo isso, só me restou colocar o capuz do meu casaco na cabeça e ir embora, na chuva forte, e eu andava forte como a chuva, irredutivel, implacavel, dona de mim mesma...

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