Mova-se para espantar a dor!

Tenho a impressão de que meu corpo pertence a um espírito muito antigo. O melhor é que já me disseram isso. Sempre ele doeu. Doía a coluna, joelho, pés, ombros, enfim, uma série de dores que eu nunca curti, mas me deixava doer. No início da semana me levantei num impeto e minha coluna lombar também, o que resultou em uma dor insuportável e na primeira internalização e pergunta da semana: - Mas por que dói?

Fiquei a me analisar e fui ao longo da semana encontrando as respostas que ainda não são conclusivas, mas é um caminho. A resposta é: MOVA-SE! E assim fui levando a semana. Me mexi durante todo o percurso dos dias, na quarta então, foi meu ápice, saí correndo pelo prédio as 06:30 da manhã de um lado para outro, me recusei a ficar parada! E nessa recusa meu corpo foi mudando. Como assim ficar parada, se trabalho com o corpo? Pois então, trabalho com o corpo voltado para fora de mim, ou seja, ultimamente é sempre para alguma apresentação ou dando aula. Não. Trabalho de corpo tem que ser constante, todos os dias, como tomar banho, comer, dormir e a resposta do seu instrumento durante minha jornada diária é imediata. Voltei a ter aulas e isso também ajuda bastante.

Sou a favor do treinamento de guerra pela manhã. O negócio é acordar já pronta para suar para que as dores possam sumir, ou melhor, se transformar em dorezinhas meigas musculares provenientes de um bom trabalho de corpo.  Isso sim é maravilhoso. Me recuso a ser velha beirando os 28 anos. Sentir doer não é normal.

O normal e o melhor é conseguir me sentir, sem que para isso eu (corpo) precise doer. Engraçado, tem coisas que a gente só nota na falta ou na dor, o corpo é uma dessas coisas.